Superintendente do IPEM-SP defende uso de tecnologia contra fraudes metrológicas

No início do mês de janeiro, o IPEM-SP passou a contar com um novo superintendente, Marcos Heleno Guerson de Oliveira Junior. Guerson chega ao Instituto com as melhores referências, já que além de possuir vasto conhecimento no setor de metrologia e experiência com gestão em tecnologia, regulação de mercado, pesquisa científica e administração pública, foi presidente do INMETRO até o final de 2022.

 

Guerson afirma que ficou muito feliz com o convite para assumir a superintendência do IPEM e está otimista. “Aceitei o desafio para continuar trabalhando na infraestrutura da Qualidade, que é um projeto que acredito muito. Acho que o país só tem a crescer se ele colocar Qualidade em primeiro lugar.”

 

Para ele, é preciso investir em tecnologia e utilizá-la em favor da fiscalização. “Quem burla, quem faz a coisa errada está usando essas tecnologias e a bomba de combustível é um grande exemplo, quando um chip está controlando a bomba e fazendo uma medição falsificada para o consumidor. Então quem faz errado começa a utilizar essas ferramentas e os meios tradicionais começam a não pegar.”

 

Especificamente na questão das balanças ele ressaltou o problema que o segmento enfrenta com as balanças ilegais relacionado ao comércio desses objetos pela internet sem a fiscalização do INMETRO. Apenas as balanças que estão nos comércios precisam de certificação, as que não estão, são vendidas sem controle.

 

Apesar de ter identificado o problema, o superintendente do IPEM-SP não demonstra uma perspectiva pessimista quanto ao setor e ressalta que, com o uso de mecanismos da indústria 4.0, é possível usar novos instrumentos para o controle dessas balanças. “Evidentemente, essas questões precisam ser conversadas com o setor produtivo de balanças, para que seja em um custo aceitável, não apenas mais um custo para as empresas”, enfatiza.

 

Ele explica que está na pauta da nova gestão da autarquia lidar com os portais que comercializam balanças não fiscalizadas, mas que esse não é um problema presente apenas em território estadual ou nacional, mas, sim, internacional. “No ano passado estive nos EUA, no Comitê de Segurança de Produto e eles estavam muito preocupados com o controle dos portais lá, na Europa também sei que existe essa preocupação. É um desafio para o mundo inteiro. Estamos desenvolvendo estratégias de resolução desse problema.”

 

O presidente da ABRAPEM, Carlos Amarante, já pediu uma audiência e espera em breve poder conversar com o novo superintendente para apresentar as demandas e os pontos de vista da entidade em relação à fiscalização metrológica e outros temas sensíveis ao segmento.

Podemos ajudar?