Dando ênfase aos IPAs (Instrumentos de Pesagem Automática) e células de carga, o presidente da Abrapem, Carlos Amarante, destacou como a presença de instrumentos regulamentados impactam positivamente diversos setores da economia
“Valorização da Metrologia Legal e o Impacto nas empresas” foi o tema escolhido pela Remesp (Rede Metrológica do Estado de São Paulo) para ser debatido na 7ª edição do Metrolegal, realizada entre os dias 26 e 27 de novembro em São Paulo.
Com a presença de representantes do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas) e Abrapem (Associação Brasileira dos Fabricantes de Balanças, Pesos e Medidas, Permissionários e Importadores), na pessoa do presidente Carlos Amarante, o evento abordou temas cruciais ao desenvolvimento da metrologia legal do país.
Entre os tópicos debatidos, destacam-se a transformação do Inmetro em agência reguladora, a regulamentação de bombas medidoras de Gás Natural Veicular (GNV), o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), a comercialização de balanças e a fiscalização de cronotacógrafos.
O Metrolegal 2024 foi também palco do 3º “Diálogo com o Setor Produtivo”, com o objetivo de fortalecer o relacionamento com o setor produtivo, e contou com a participação do presidente do Inmetro, Márcio André Brito.
Na ocasião, Brito destacou a importância da implantação de políticas voltadas para o setor produtivo, reconhecendo os desafios técnicos que a metrologia enfrenta, como as novas fraudes digitais e a necessidade de ampliar a cobertura metrológica no Brasil. “O planejamento, o uso de tecnologia e uma gestão eficiente são essenciais para garantir a homogeneidade no mapa da infraestrutura da qualidade”, salientou.
Vale destacar que recentemente o presidente do Inmetro assegurou estar comprometido com os pleitos do setor metrológico em entrevista exclusiva ao canal do Sibapem.
Por sua vez, Carlos Amarante, presidente da Abrapem, realizou uma apresentação sobre o impacto econômico e metrológico da não regulamentação de instrumentos: IPAs e células de carga.
Mencionou também as aplicações em pesagem dinâmica (pesagem ferroviária, totalizadores contínuos e descontínuos), sejam no transporte interno de matérias primas, no armazenamento e na exportação.
Ao longo da palestra, Amarante descreveu células de carga como elementos sensores que medem a força que está passando sobre determinado instrumento de pesagem e explicou que sua aplicação está no agronegócio, no transporte, na logística, no armazenamento e inúmeros outros elos que formam a corrente do mercado brasileiro.
“Para entender a relevância do tema, basta pensar em como todo o mercado precisa de pesagem para alcançar suas metas e como isso movimenta dinheiro. Se algo é pesado erradamente, alguém sairá prejudicado”, pontuou o presidente da Abrapem.
Seguindo essa linha de pensamento, Carlos Amarante expôs o quão importante é ter um mercado que valorize a legalidade metrológica e que ofereça ferramentas para a obtenção de informações seguras ao setor e mencionou a importância do Siscori, instrumento descontinuado pela Receita Federal do Brasil, que era utilizado pela Abrapem, e por centenas de outras entidades, para dificultar a presença de instrumentos irregulares no mercado brasileiro numa verdadeira parceria público-privada informal.
Em suma, o palestrante destacou que para uma indústria que de fato segue a metrologia legal e outras normas, é preciso que as células de carga utilizadas no dia a dia sejam de qualidade, a fim de que o mercado não seja afetado por inadequações nas pesagens, o que consequentemente lesaria o consumidor e as próprias empresas que delas se utilizam.
Tendo fornecido troca de experiências com especialistas renomados e networking, o Metrolegal 2024 se mostrou um evento enriquecedor e essencial para todos os envolvidos no setor de metrologia legal. A troca de informações e a discussão de temas atuais e relevantes foram vitais para o aprimoramento das práticas e processos no campo da qualidade e metrologia.
