O programa Nova Indústria Brasil visa alavancar o desenvolvimento nacional até 2033

A sustentabilidade e a inovação foram o foco da Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial que visa impulsionar o desenvolvimento do país até o ano de 2033. O planejamento foi definido no dia 22 de janeiro, quando o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) entregou ao presidente Lula o texto da NIB.

Os objetivos da nova política são fomentar o desenvolvimento tecnológico, aumentar a competitividade industrial, direcionar o investimento na indústria e promover a presença qualificada do país no mercado mundial. Para tais fins, R$ 300 bilhões serão destinados a financiamentos até 2026.

Para nortear os esforços até 2033, a NIB terá metas que estão sugeridas no Plano de Ação 2024-2026. Essas metas serão avaliadas pelo CNDI dentro de 90 dias. A nova política traz um plano para reverter a desindustrialização precoce da nação. O plano consiste em articulação de linhas de crédito, recursos não-reembolsáveis, bem como uma política de obras e compras públicas, com incentivos ao conteúdo local, para estimular o setor produtivo em favor do desenvolvimento do país.

Visão da Fiesp

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) se manifestou logo após a publicação da NIB. Em nota, a entidade declarou que uma indústria de transformação forte, inovadora e competitiva é crucial para que o Brasil deixe de ser uma economia de renda média e se transforme em um país desenvolvido.

“O lançamento da nova política industrial é a demonstração de que o governo federal reconhece a importância da indústria de transformação para colocar a economia brasileira entre as maiores do mundo, e isso deve ser aplaudido”, diz o comunicado.

A Federação se diz disposta a trabalhar com o governo e ajudar a implementar as políticas anunciadas, assim como outras medidas que visem fazer com que a indústria da transformação seja novamente a locomotiva do desenvolvimento nacional.

Investimento na neoindustrialização

A quantia de R$ 300 bilhões direcionada a financiamento será gerenciada pelo BNDES, Finep e Embrapii, e disponibilizada por intermédio de linhas específicas e recursos por meio de mercado de capitais.

Os recursos serão organizados no Plano Mais Produção, um grupo de soluções financeiras que visa ao investimento da política industrial nos próximos três anos. Esse plano contempla os eixos: Mais produtividade – para ampliar a capacidade industrial; Mais Inovação e Digitalização – projetos de pesquisa e inovação; Mais Verde – projetos de sustentabilidade da indústria; e Mais Exportação – incentivos para acessar o mercado mundial.
Algumas iniciativas já começaram, como o Programa Mais Inovação (R$ 60 bilhões), operado pelo BNDES e pela Finep, sendo R$ 40 bilhões em crédito a condições de Taxa Referencial (TR) + 2%. Vale ressaltar que essa modalidade representa os menores juros já aplicados para financiamento à inovação no Brasil.

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