FIESP lança Anuário de Mercados Ilícitos

O presidente do SIBAPEM e da ABRAPEM, Carlos Alberto Amarante, participou, na manhã do último dia 7 de dezembro, do Seminário de Lançamento do Anuário de Mercados Ilícitos 2018 – 2022. Criado em 2016, o Anuário de Mercados Ilícitos Transnacionais da FIESP é referência mundial quando o assunto é a evolução e os impactos da atividade criminal sobre o setor produtivo brasileiro.

Esta edição traz ainda uma novidade: o monitor de mercados ilícitos FIESP, um dashboard de “local intelligence” com dados sobre a incidência de eventos criminais dos mercados ilícitos com atualizações mensais e bimestrais.  

O Seminário teve por objetivo apresentar os resultados do monitoramento do período obtidos através de análise de cenários sobre atividades, impactos e perspectivas do comércio ilícito visando a elevar o nível da discussão e incentivar a melhor compreensão sobre os riscos e respectivas medidas preventivas e repressivas acerca do tema.

Na abertura do evento, Carlos Erane de Aguiar, presidente do Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (SIMDE) e diretor titular do Departamento de Defesa e Segurança da Fiesp, destacou o trabalho realizado pelo Departamento de Defesa e Segurança da Fiesp (Deseg) lembrando que entre 2018 e 2021 não houve publicação. “A retomada da edição 2018-2022 é um comparativo da série histórica. O anuário de mercados ilícitos da Fiesp foi o primeiro trabalho com apresentação consolidada sobre o impacto do crime na economia da indústria paulista. A pesquisa dessa edição revela que os mercados ilícitos movimentaram em torno de R$ 113,6 bilhões no estado de São Paulo entre 2017 e o primeiro semestre de 2022.”

A pesquisa mostra também que a movimentação anual de 2021 chegou a R$ 24 bilhões e em 2022 ficará em torno de R$ 25 a R$ 26 bilhões. “Para se ter uma ideia do que isso significa, o orçamento da segurança pública para o estado de São Paulo para 2023, que será sem dúvida alguma o maior da história do estado, será de R$ 27 bilhões”, acrescentou Carlos Erane.

Portanto, na luta contra o crime que afeta a indústria, o lucro dos criminosos por roubos, furtos, contrabando, falsificação e pirataria, em apenas nove setores industriais, equivale a todo o orçamento de segurança pública do estado mais rico e com as maiores polícias do país.

Rafael Cervone, presidente do Ciesp e 1º vice-presidente da Fiesp, afirmou que, individualmente, cada uma das áreas que combate esse tipo de crime faz um bom trabalho, mas que sozinhas não conseguirão resolver o problema ressaltando a importância da coordenação nacional. Ele destacou a questão das plataformas online, ressaltando que “nós (Fiesp) vamos atacar esse assunto de maneira implacável.”

O evento contou ainda com uma apresentação detalhada do Anuário e dois painéis que abordaram o desafio de monitorar os impactos dos mercados ilícitos na indústria e na sociedade e o controle de mercado ilícitos no Brasil. 

Também participaram da mesa de abertura, Dagmar Oswaldo Cupaiolo, vice-presidente da Fiesp e diretor adjunto do Deseg da Fiesp; Roberto Costa, diretor do Deseg da Fiesp e coordenador do Observatório de Mercados Ilícitos; João Henrique Martins, coordenador científico do Anuário de mercados ilícitos e cientista político especialista em economia ilícita e políticas de controle do crime e Edson Vismona, presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial e do Fórum Nacional de Combate à Pirataria e a Ilegalidade.

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