Derex faz estudo sobre a participação dos produtos brasileiros no mercado da América do Sul

O Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp (Derex) fez um estudo sobre a participação dos produtos brasileiros no mercado da América do Sul. Os objetivos do estudo foram:

1. Apresentar um diagnóstico do comportamento das exportações à América do Sul entre 2011 e 2021;

2. Identificar os setores com maiores perdas de market share nas exportações para a região;

3. Identificar as diferenças no comportamento das exportações brasileiras para cada país da América do Sul;

4. Identificar os países que deslocaram os produtos brasileiros na região;

5. Calcular o ganho do Brasil caso mantivesse a participação de mercado na região e

6. Fomentar um debate sobre as causas da perda de mercado e as alternativas para que o Brasil recupere protagonismo no comércio de bens na América do Sul.

O material apresenta números a partir do ponto de vista da indústria nacional de ter havido uma queda estrutural nas vendas para a América do Sul, aponta quais países mais deslocaram o Brasil e indica que o Brasil perdeu participação de mercado em 50% dos segmentos em que competia na região.

O país perdeu, em média, 11 pp de market share na América Latina no período. Máquinas e equipamentos, produtos químicos, plásticos, alumínio, ferro e aço corresponderam por 70% das perdas brasileiras e a China foi o maior ganhador de market share na última década, seguido dos Estados Unidos, Índia e México.

O estudo conclui ainda que se o Brasil tivesse mantido a participação de 2011, teria exportado US$ 10,7 bilhões a mais (+30%) para a América do Sul em 2021.

A conclusão é que o processo de cooperação regulatória na América Latina segue estagnada. A modernização regulatória do MERCOSUL contribuirá para o maior dinamismo nas negociações. O limitado diálogo do governo com o setor privado e a falta de transparência resultam na baixa efetividade das discussões regulatórias e o diálogo contribuirá para o desenho de políticas públicas mais alinhadas à realidade da indústria brasileira.

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